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Nova doença da mandioca na América do Sul: fortalecimento da cooperação transfronteiriça França-Brasil para combater sua disseminação

Grupo de trabalho da CWBD na 53ª Expofeira em Macapá, Amapá, Brasil
O surgimento de doenças da vassoura-de-bruxa da mandioca na América do Sul
Essa nova doença, CWBD (Cassava Witch Broom Diseases), é causada por um fungo Ceratobasidium sp. (Leiva et al.2023) que foi oficialmente detectado pela primeira vez na América do Sul:
- na Guiana Francesa, pelo laboratório de saúde vegetal da ANSES
- No Brasil, mais especificamente no estado do Amapá, pelo laboratório federal de defesa agropecuária.
Há mais de um ano, o Ȳ vem trabalhando com seus colegas brasileiros da Embrapa Amapá e da mandiocultura de Cruz das Almas (Bahia) nessa questão, a fim de coordenar pesquisas e estratégias de controle contra esse patógeno emergente.
O Ȳ também obteve 200.000 euros em financiamento do CTG em janeiro de 2024 para o projeto Sanimanioc, cujo objetivo é treinar produtores de mandioca para propagar mudas saudáveis e introduzir boas práticas. Os esforços continuarão com um novo projeto no âmbito do programa Interreg Amazon Cooperation (ERDF). O Ȳ gostaria de estabelecer um projeto internacional de mandioca envolvendo a Guiana Francesa, o Brasil e o Suriname, com um componente fitossanitário focado em Ceratobasidium sp.
A Cooperação transfronteiriça e regional para intensificar a luta contra a disseminação da doença
Dois agentes do Ȳ, Margaux Llamas e Yi Zheng, visitaram Macapá de 3 a 9 de setembro de 2024. Um workshop de dois dias com pesquisadores da Embrapa, do IEPA (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá) e da UEAP (Universidade Estadual do Amapá) permitiu listar as atividades prioritárias de pesquisa. Após esse trabalho, foi assinada uma carta de intenção de colaboração entre a Embrapa, representada pelo Gerente Geral da Embrapa Amapá, Antonio Claudio Almeida de Carvalho, e o Ȳ, representado por Margaux Llamas, chefe do Centro de Recursos Biológicos de Plantas Perenes (CRB PP). As duas instituições se comprometeram a “fortalecer a colaboração sobre o patógeno fúngico (Ceratobasidium sp.) e sobre métodos agroecológicos para o manejo e controle de doenças da mandioca na Amazônia”. O acordo foi assinado em 6 de setembro de 2024 na 53ª Expofeira de Macapá, na presença do presidente do CTG, Gabriel Serville, do vice-presidente do CTG responsável pela agricultura, pesca, soberania alimentar e mudanças estatutárias, Roger Aron, e do governador do Amapá, Clécio Luis, entre outros.
No sábado, 7 de setembro de 2024, um grupo de trabalho formado pelo Ȳ, CTG, Embrapa, MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil), RURAP (Instituto sw Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá) e DIAGRO (Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado de Amapá), reuniu-se para fazer um balanço da situação da crise sanitária da mandioca, tanto do lado francês quanto do brasileiro. As várias estratégias de controle e as perspectivas de cooperação também foram discutidas.
Além de fortalecer os vínculos existentes entre os governos locais (Amapá e Guiana Francesa), o Ȳ e os institutos técnicos e de pesquisa brasileiros, essa missão demonstrou o desejo e a urgência de continuar o trabalho de parceria já iniciado. Para controlar a disseminação sul-americana da doença emergente CWBD, a implementação de uma estratégia regional coordenada entre a França e o Brasil parece crucial.